| 19/03/2008 14h02min
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, defendeu nesta quarta-feira o gasto com cartão corporativo feito pelo Ministério das Comunicações com o conserto de uma mesa de sinuca e contestou aqueles que divulgaram o fato como "um escândalo". Segundo ele, a mesa era patrimônio do ministério e servia para o lazer de funcionários.
— Entendo como legítimo que o ministério cuidasse do patrimônio público. Essa mesa é patrimônio adquirido há anos para o lazer dos motoristas e outros funcionários modestos na garagem do ministério. Não é justo gastar dinheiro para o lazer dos motoristas? Eu acho justo — apontou, acrescentando que não foi uma compra, mas "um pequeno reparo": — Entendo que o caso foi divulgado como um grande escândalo, mas eu contesto. É legítimo usar dinheiro público para essa finalidade.
O ministro não respondeu a pergunta do deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) sobre o gasto ter sido pago com cartão corporativo, já que não se trataria de
uma urgência.
—
Esse não é um gasto urgente. Ninguém está morrendo porque não está jogando sinuca — apontou o parlamentar.
Hage classificou de "preconceituosa" a denúncia contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva, que gastou R$ 8 numa tapiocaria em Brasília com cartão corporativo, alegando que "se tivesse sido um sanduíche do McDonald's não teria tido esse grande apelo". Porém, lembrou que o problema da denúncia contra o ministro é que não se pode pagar alimentação com cartão corporativo na cidade em que a autoridade mora. Ele disse ainda que está em estudo na CGU fixar limite de despesas em viagens e os gastos com alimentação de ministros pagos com cartão corporativo em Brasília:
— Temos suspeitas sérias de que vamos encontrar por aí algo muito pior que uma tapioca de R$ 8 na rubrica em alimentos e refeições pagas em Brasília.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.