A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou hoje pelo terceiro dia consecutivo em elevação, retornando ao patamar de 59 mil pontos, em que chegou no último dia 15, favorecida pela expectativa de um novo corte agressivo da taxa básica de juros nos Estados Unidos, amanhã, e também pela recuperação técnica dos papéis da Vale. Os indicadores americanos divulgados hoje, novamente conflitantes, não chegaram a fazer preço sobre os ativos.

No final da sessão, o Ibovespa, principal índice, registrou ganho de 1,6%, aos 59.529,6 pontos. Oscilou entre 58.597 pontos na mínima (+0,01%) e 59.715 pontos na máxima (+1,91%). No mês, ainda acumula perdas, de 6,82%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 5,77 bilhões.

A bolsa sustentou rumo ascendente, beneficiada pelo comportamento em Ásia, Europa e EUA. Todos os mercados estão de olho no que sairá amanhã do encontro do banco central americano (Fed) e ninguém espera menos do que um corte de 0,25 ponto percentual no juro, embora o que vá realmente agradar e impulsionar os negócios é a redução da taxa para 3% ao ano, de 3,5% atualmente — projeção que já está no preço de muitas ações.

As ações da Vale mostraram recuperação técnica, já que estavam atrasadas em relação ao índice e os papéis da Petrobras, que subiram bem mais nos últimos dias. A alta dos metais favoreceu, mas o negócio com a anglo-suíça Xstrata pode voltar a afetar negativamente os papéis, já que o investidor ainda não conseguiu precificar nas ações em bolsa a possível compra, que deve custar à Vale mais de US$ 80 bilhões. Vale ON avançou hoje 1,65% e Vale PNA, 0,57%.