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 | 06/01/2008 01h50min

Venezuela comemora "identificação" de Emmanuel, mas quer esclarecer história

Governo venezuelano pediu a apuração das circunstâncias que cercaram a vida do menino

O governo venezuelano comemorou a "bem-sucedida identificação" do menino Emmanuel, filho da ex-candidata à vice-presidência colombiana Clara Rojas, em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e pediu a apuração das circunstâncias que cercaram sua vida nas últimas semanas. Em comunicado, a chancelaria venezuelana reiterou o desejo do governo do presidente Hugo Chávez de "acompanhar todas as iniciativas que contribuam à realização da troca humanitária" na Colômbia "e para traçar o caminho em direção à paz" no país.

A chancelaria divulgou a nota um dia depois de o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, ter denunciado que o governo da Colômbia negou a possibilidade de especialistas da Venezuela realizarem exames de DNA no menino sob cuidados oficiais em Bogotá. É uma decisão "muito grave e triste" do Executivo de Bogotá, "que deixa claro que há algo estranho em toda essa situação", disse Maduro na sexta-feira, em uma ligação telefônica à emissora estatal venezuelana VTV. No mesmo dia, a guerrilha reconheceu que a criança sob custódia oficial em Bogotá era Emmanuel, e denunciou que ele teria sido "seqüestrado" pelo governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe.

Chávez planejou a chamada Operação Emmanuel para resgatar o menino, sua mãe e a ex-congressista, cujas libertações foram anunciadas pelas Farc no dia 18 de dezembro. A missão, que envolveu sete países além de Venezuela e Colômbia, começou em 28 de dezembro, com a autorização de Uribe, mas foi suspensa em 31 de dezembro. Naquele dia, Chávez leu uma carta da guerrilha na qual indicava que não havia sido possível entregar os reféns devido a intensas operações militares realizadas na região onde o grupo se movimentava na Colômbia.

No dia 31, Uribe rejeitou a afirmação das Farc e levantou a "hipótese" de que a guerrilha teria "descumprido" a libertação dos reféns porque não teria Emmanuel em seu poder, já que a criança estaria sob outro nome, aos cuidados de um órgão oficial em Bogotá. Na quinta-feira, o presidente venezuelano afirmou que a Operação Emmanuel está em uma "nova fase", da qual não quis dar detalhes por medidas de segurança.

EFE
 

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