| 04/01/2008 17h04min
O procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán, afirmou nesta sexta-feira que os exames de DNA feitos em um menino que está sob a proteção do Estado concluem "de maneira preliminar" que há uma "alta probabilidade" de que o garoto seja Emmanuel, filho da refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Clara Rojas. Iguarán explicou que dos exames do DNA mitocondrial de Clara González de Rojas, mãe da refém, e de Ivan Rojas, irmão, se deduzem "traços comuns que permitem afirmar uma total coincidência" de a criança pertencer "à família de Clara Rojas".
O procurador fez as declarações em entrevista coletiva na cidade de Santa Marta, junto a responsáveis do Instituto Nacional de Medicina Legal. A análise dos exames será concluída na próxima semana, no Instituto de Medicina Legal da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), informaram fontes da Procuradoria.
A criança, que está sob os cuidados do Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF), foi
entregue ao organismo em 2005
por um homem. Ele disse que o menino se chamava Juan David Gómez Tapiero. As Farc tinham prometido em dezembro que entregariam Clara, Emmanuel — nascido em cativeiro — e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo ao presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Porém, em 31 de dezembro, os guerrilheiros anunciaram que suspenderiam a operação devido a operações militares. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse que as Farc não entregariam os reféns simplesmente porque não estavam com Emmanuel.
— Analisando as amostras, se estabeleceram concordâncias, traços comuns altamente específicos que permitem afirmar haver uma alta probabilidade de que Juan David pertença à família de dona Clara González de Rojas — afirmou Iguarán.
O procurador-geral ressaltou que se tem "uma prova sem os marcadores comuns", o que só pode ser feito com os pais. Entretanto, "o DNA mitocondrial tem a ver com a linhagem materna". Iguarán ressaltou que "não é 100% (confiável), mas
cientificamente se observa que no
DNA mitocondrial há uma coincidência absoluta". Essa é a conclusão preliminar a que chegou o estudo antecipado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, conforme Iguarán.
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