O dólar à vista fechou em alta pressionado pelas fortes quedas das bolsas em Nova York e São Paulo. A alta da moeda americana também foi favorecida pelo pequeno volume de negócios no mercado à vista, que ficou praticamente parado durante toda a sexta-feira, diante da expectativa das instituições de que a Receita Federal poderá eventualmente rever a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% sobre as operações interbancárias de câmbio. O dólar comercial subiu 0,17%, a R$ 1,755.

No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a moeda americana negociada à vista teve alta de 0,11%, para R$ 1,754. O giro total à vista caiu 94%, para cerca de apenas US$ 1,93 milhão, ante um volume total ontem de US$ 3,41 bilhões. A coordenadora de Tributação da Receita Federal, Maria da Consolação Silva, confirmou que as operações interbancárias de câmbio também serão tributadas em 0,38% pelo IOF. O secretário-adjunto da Receita, Carlos Alberto Barreto, afirmou também que será estudada mais detalhadamente essa questão e, se constatar que isso está gerando problemas, a medida poderá ser revista.

Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho informou pela manhã a criação de apenas 18 mil vagas em dezembro, ante as previsões de 50 mil, e que a taxa de desemprego subiu para 5%, acima das previsões de alta a 4,8%. O payroll de novembro foi revisado em alta de 94 mil novos postos de trabalho para 115 mil. A divulgação do relatório influenciou as quedas das bolsas.