| 04/01/2008 15h55min
O chefe do departamento de economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor de política monetária do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, explicou nesta sexta-feira que há dois aspectos importantes para o comércio no novo pacote fiscal do governo. Segundo ele, para que a nova alíquota do IOF seja diluída nos financiamentos, de modo que a prestação continue atrativa para o orçamento do consumidor, haverá aumento dos prazos de pagamento.
— A tendência é de alongamento de prazos, mesmo com IOF mais caro, para que a prestação caiba no bolso do consumidor.
O especialista ressaltou que a cobrança da nova alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente nos financiamentos não deverá afetar a atividade econômica ao ponto de reverter as perspectivas positivas para o varejo em 2008.
Além disso, segundo o economista da CNC, como há "liquidez sobrando no mercado" e forte concorrência no comércio, deverá haver aumento das
promoções para pagamentos à vista. Ele
explicou que, com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), os estímulos para pagamentos à vista já seriam maiores, o que deverá se intensificar com a incidência da nova alíquota do IOF.
Freitas estima que o comércio varejista terá um aumento de 9,3% nas vendas em 2007 ante o ano passado e manterá a trajetória de crescimento em 2008, que, no entanto, deverá desacelerar para algo em torno de 6%. Ele disse, porém, que as projeções da CNC para este ano não mudaram, pelo menos por enquanto, devido ao novo pacote fiscal.
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