| 04/01/2008 08h19min
O pacote com elevação de tributos baixado pelo governo na quarta-feira fez subir a temperatura política e armou o cenário de uma nova crise entre o Palácio do Planalto e a oposição no Congresso, mesmo em pleno recesso parlamentar.
Ao mesmo tempo que se dizem traídos pelo governo, que se comprometeu a não baixar nenhuma medida fiscal e tributária quando negociou a aprovação da Desvinculação de Recursos da União (DRU), líderes de oposição já ameaçam retaliar o Planalto.
O governo decretou aumento de 0,38% em todas as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidentes nas operações de crédito e de câmbio e elevou de 9% para 15% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro.
As mudanças devem render cerca de R$ 10 bilhões e visam a compensar parte da perda de R$ 40 bilhões com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
— Faremos o possível para derrotar
o aumento da CSLL dos bancos, que será repassada
ao usuário e vai travar o crescimento — avisou ontem o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). O aumento da CSLL, por medida provisória, precisa ser aprovado pelo Congresso.
Agripino insiste que haverá ampla mobilização da opinião pública para derrubar o pacote.
— O problema hoje é que o diálogo entre oposição e governo está fraturado pela palavra empenhada e quebrada do presidente Lula — argumenta o líder.
— O DEM vai trabalhar duramente para não vender barato ao governo a conquista da sociedade de acabar com a CPMF.
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