| 03/01/2008 08h12min
A festa do consumo deve continuar em 2008. A extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) devem injetar R$ 41,37 bilhões na economia brasileira, montante que deverá ser direcionado para o consumo. A estimativa, aproximada, é da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
O cálculo leva em consideração os cerca de R$ 40 bilhões que deixam de ser arrecadados pelo Estado com o fim da CPMF. Leva em consideração também o R$ 1,375 bilhão que a Receita Federal considera renúncia fiscal, a partir da correção de 4,5% na tabela do IR para pessoas físicas. Com o reajuste da tabela, igual à meta de inflação para este ano, o desconto mensal nos salários ficará um pouco menor, o que deve resultar em mais dinheiro no bolso do contribuinte.
— O impacto maior será do dinheiro que deixa de ser pago em CPMF, que passa a circular na economia.
Ao contrário das
empresas, dificilmente o consumidor vai fazer a conta de quanto vai deixar de pagar, então a sobra deve ser imediatamente direcionada para consumo — explica Andrew Frank Storfer, vice-presidente da Anefac.
Segundo ele, a extinção da CPMF pode permitir um aumento na renda do brasileiro de até R$ 190 por ano.
Porém, o mais importante reflexo deverá ser o aumento do PIB em 2008. Embora em menor proporção, a correção da tabela do IR também vai contribuir para a melhoria da renda. Isso porque o limite de isenção do IR subirá de R$ 1.313,69 para R$ 1.372,81, o que fará com que mais contribuintes deixem de ter o imposto retido na fonte.
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