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Os momentos de tranqüilidade são cada vez mais raros para o Inter. Nesta quinta-feira, dia 31, a delegação colorada mal havia desembarcado no aeroporto e já estava sendo cobrada pela derrota diante do Atlético-MG, quarta, em Belo Horizonte. O reflexo da 18ª posição – 25 pontos – e do risco de rebaixamento foi uma quase agressão ao vice de futebol Pércio França. Mais tarde, já no Beira-Rio, era possível escutar de longe os gritos do técnico Celso Roth exigindo mais dos seus comandados.
O grupo colorado teve uma amostra do descontentamento da torcida logo na chegada a Porto Alegre. Ao desembarcar no Salgado Filho, Pércio França foi abordado por cinco torcedores vestindo camisas de uma torcida organizada. Um funcionário do departamento de futebol precisou intervir para não haver agressão. Um episódio semelhante já havia ocorrido com o centroavante Fernando Baiano e o volante Alexandre, menos de duas semanas atrás.
Internamente, as cobranças não foram menos pesadas. O técnico Celso Roth reuniu-se com os jogadores no vestiário antes do treinamento. Apesar de estarem em um ambiente fechado, seu descontentamento era percebido por quem passava pelo pátio do estádio, onde era possível escutar os gritos do treinador pedindo, principalmente, mais "atitude" nos jogos que restam. Baiano e Fabiano Costa, que desperdiçaram muitas oportunidades de gol contra o Galo mineiro, foram os mais cobrados.
Os jogadores preferiram não polemizar após o encontro e garantiram que não passou de uma reunião de avaliação comum depois de cada partida. Roth, por sua vez, alegou que sua voz “forte” é que fez parecer que estava gritando.
Para completar o momento de intranqüilidade, o Inter ainda está sem a psicóloga que presta atendimento aos jogadores. A responsável pela área, Patrícia Lague, está afastada do clube em função de licença-maternidade. O presidente Fernando Carvalho admite que o clube pode colocar outra pessoa na função até o retorno de Patrícia, que era procurada com freqüência por boa parte dos atletas, principalmente os mais jovens e aqueles que ainda moram sozinhos em Porto Alegre.
No entanto, faltando poucas rodadas para o final da primeira fase do Brasileirão, não há ninguém para ocupar a vaga.
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