| 23/05/2007 09h47min
O pedido de demissão do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, ontem, suspeito pela Operação Navalha da Polícia Federal (PF) de receber propina no valor de R$ 100 mil da empreiteira Gautama, foi abordado pela imprensa internacional nesta quarta-feira.
O jornal britânico Financial Times explicou o desenrolar do caso e destacou que, ao contrário do principal escândalo do primeiro mandato da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, no qual ministros e outros representantes do PT foram acusados de pagar legisladores por apoio, os escândalos mais recentes envolvem a oposição e figuras do governo.
O espanhol El País e o argentino La Nación também trataram da renúncia do ministro brasileiro. Ambas publicações reportaram as palavras do senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), padrinho político de Rondeau, de que o então ocupante de Minas e Energia havia lhe dito que tinha tomado a decisão de deixar a
administração Lula.
Lula nomeou para o cargo o atual
secretário-executivo das Minas e Energia, Nelson Hubner, em caráter interino. Rondeau transformou-se na primeira baixa do governo provocada pela Operação Navalha, que já levou 48 pessoas à prisão.
Na carta de demissão entregue a Lula ontem, Rondeau classificou como descabidas e injustas as inverdades que se impunham contra ele, já que a investigação da Polícia Federal não envolviam a sua pessoa.
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