Notícias

 | 20/03/2007 09h39min

Trevisan é nova aposta para suceder a Furlan no Desenvolvimento

Falta de poder da pasta dificulta nomeação de empresários

O maior nó da reforma ministerial não foi acomodar o apetite do PMDB por cinco ministérios nem a relutância do PT em ceder pastas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até agora não conseguiu arranjar um nome para substituir o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.

Lula sondou, sem sucesso, o presidente do Conselho de Administração da maior siderúrgica do país, o Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, e o presidente da Embraer, Maurício Botelho. Na bolsa de apostas, agora, surgiu o nome do presidente da Trevisan Auditores e Consultores, Antoninho Marmo Trevisan, amigo de Lula.

A dificuldade de encontrar um empresário disposto a assumir o cargo não tem explicação apenas na questão salarial, como fez supor Lula na semana passada.

Trata-se de um ministério sem poder político que vive como um satélite da Fazenda. Não tem autoridade sequer para indicar o braço operador da política industrial, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Furlan tentou o comando do BNDES e não conseguiu. Passou os quatro anos do primeiro mandato exercitando o jogo de cintura com o Ministério da Fazenda para avançar nas medidas de interesse do setor privado, principalmente as relativas a desoneração de impostos.

Ele não quer continuar na Esplanada e promete ficar apenas como ministro-tampão. O figurino para o cargo sugere ainda uma dose suficiente de paciência com a burocracia estatal, uma questão que não é tão simples. Outros ocupantes da função, como o banqueiro Alcides Tápias, no governo Fernando Henrique Cardoso, mostravam desconforto com a lentidão do processo de decisão na administração federal.

Atual ministro tirou férias e antecipou sucessão na pasta

A posição de Furlan em relação à permanência no ministério já teve idas e vindas. O ministro tirou férias mais de uma vez no início do ano. Sua explicação oficial era de que estava preparado para permanecer apenas quatro anos na equipe. Depois de dar sinais de que pretendia deixar o governo, o ministro pareceu ter uma recaída no início do mês.

– É verdade que ele (Lula) quer que eu fique. Eu estou tratando com ele no sentido de encontrar uma solução – chegou a afirmar o ministro, no dia 8.

Foi nessa época que circularam especulações de que Furlan poderia assumir o comando do BNDES.

ZERO HORA
 

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.