Em reunião com o presidente do PMDB, Michel Temer, e com o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu prazo até esta terça para decidir sobre o novo escolhido para o Ministério da Agricultura. O partido apresentou nesta segunda uma lista com sete nomes para escolha do presidente.

Lula ficou cerca de uma hora com os líderes do PMDB e disse que somente ao retornar de Goiás, no início da noite desta quarta, dará uma resposta ao partido. Nesse período, Lula espera receber a informações sobre a vida dos sete indicados do PMDB.

– Seria útil que se fizesse (a investigação). Teria a certeza absoluta que não há problema nenhum – afirmou Temer, admitindo que Lula adiou a decisão para não correr o risco de escolher um ministro com problemas na Justiça:

– É muito provável que tenha deixado para amanhã para fazer todas as verificações.

Temer disse que dificilmente os indicados terão problemas com a Justiça, pois foram questionados pelo partido a respeito.

A lista inclui os deputados Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Waldemir Moka (PMDB-MS), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Valdir Colatto (PMDB-SC), Tadeu Filippelli (PMDB-DF), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Fernando Diniz (PMDB-MG).

Segundo Temer, Lula lamentou a desistência de Balbinotti - que responde a processo por falsidade ideológica no Supremo Tribunal Federal - e reafirmou que o Ministério da Agricultura será do PMDB.

– Ele lamentou muito (a desistência). Como já havia dito, o presidente apreciou a forma de ser do Balbinotti – disse Temer.

Stephanes teria agradado mais o presidente

Entre as consultas que o presidente Lula deve fazer antes de comunicar à cúpula do PMDB o novo nome para a Agricultura estão o ex-ministro Roberto Rodrigues e o governador do Paraná, Roberto Requião.

Conforme a agência O Globo, a lista de sete nomes apresentada pelo partido foi reduzida a três: Reinhold Stephanes (PR), Tadeu Filippelli (DF) e Waldemir Moka (MS).

Segundo um dos presentes na reunião desta segunda, o perfil que mais agradou a Lula foi o de Stephanes, que estaria “alguns passos à frente dos outros dois”.