O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou que a situação em alguns aeroportos do Brasil é "muito ruim" neste domingo devido à sobrecarga em decorrência de uma falha no sistema do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta-1), em Brasília, e à forte chuva que caiu sobre São Paulo durante todo o dia. Os problemas causaram atrasos nos vôos em todo o país. Pereira disse que o caos deve durar até a madrugada desta segunda-feira, por volta das 2h.

Nesta manhã, uma pane no software do controle de plano de vôo do Cindacta-1, em Brasília, parou o sistema por sete minutos. Segundo a assessoria da Aeronáutica, o sistema, responsável pelas autorizações de pouso e decolagem, teve que ser reinicializado.

Com isso, os controladores de vôo aumentaram o tempo entre as saídas e as chegadas dos aviões por questões de segurança, o que atrasou os vôos. Por volta das 19h, aeroportos do Rio, São Paulo e de Brasília registraram 108 vôos com atrasos superiores a 45 minutos. O Cindacta-1 gerencia o tráfego aéreo das regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que equivale a cerca de 70% dos vôos do país.

O aeroporto mais prejudicado foi o de Congonhas, em São Paulo, que teve a situação piorada devido à chuva que atingiu a cidade hoje. O mau tempo fechou o aeroporto por duas horas nesta manhã, entre as 7h e às 9h. Logo cedo, Congonhas registrava atrasos de mais de 45 minutos em 60 pousos e decolagens. Uma aeronave da Varig vinda de Brasília está com atraso de seis horas. Já em Garulhos, há pelo menos duas viagens, ambas da BRA, atrasadas em mais de dez horas.

Em Brasília, foram registrados 64 atrasos até o momento, sendo 30 de partida e 34 de chegada, segundo a Infraero. No Rio de Janeiro a situação é mais tranqüila, com atrasos de pouco mais de uma hora nos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont. No Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, pelo menos oito partidas e chegadas registraram atrasos hoje.