O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deixou hoje Washington em direção ao Brasil, seu primeiro destino na viagem à América Latina. Bush visitará ainda Uruguai, Colômbia, Guatemala e México. No Brasil, se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir as possibilidades de o etanol integrar a lista de combustíveis dos EUA.

Tabaré Vázquez, presidente do Uruguai, segundo país a ser visitado por Bush, espera que as conversas com o presidente norte-americano levem ao avanço das gestões para um acordo bilateral de comércio. Já o presidente Álvaro Uribe, da Colômbia, aguarda uma ratificação do apoio americano à luta contra as drogas e a guerrilha.

A Casa Branca indicou que, durante sua visita à Guatemala, Bush "apreciará a rica diversidade cultural” da nação centro-americana e falará com o presidente Oscar Berger sobre as relações bilaterais entre os países.

No México, também segundo a Casa Branca, Bush se reunirá com o presidente Felipe Calderón e expressará o apoio dos EUA aos esforços para "fazer frente à pobreza e à desigualdade de renda, para restabelecer a ordem pública, para combater a ameaça comum do narcotráfico e para fortalecer a relação econômica".

Em entrevista concedida à imprensa latino-americana antes de dar início a sua viagem de cinco dias, Bush lembrou que os tratados de comércio com a Colômbia e o Peru estão pendentes da ratificação do Congresso dos EUA.

Ambos os pactos foram aprovados no ano passado, antes que as eleições legislativas nos EUA dessem o controle do Congresso aos democratas, em geral partidários de posições mais protecionistas que os republicanos.

A maioria dos analistas nos EUA coincide em que outro propósito da viagem de Bush é resistir à influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que Washington considera contrária a seus interesses na região. Coincidindo com a viagem de Bush, Chávez fará visitas à Argentina e à Bolívia, onde deverá liderar protestos contra o norte-americano.