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 | 04/12/2006 16h37min

EUA dizem esperar que Chávez se interesse mais por diálogo

Representante americano afirmou que eleições foram muito importantes

O subsecretário de Estado americano para a América Latina, Thomas Shannon, disse hoje esperar que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mostre "mais interesse" em aprofundar o diálogo com os Estados Unidos depois de sua reeleição neste domingo.

– Nós não queremos uma relação de confronto com a Venezuela, ao contrário – disse Shannon em Londres, onde discursou em uma conferência na Canning House, conhecida como a Casa da América Latina.

– Sempre buscamos um modo de aprofundar o diálogo com o governo do presidente Chávez e nossa esperança é que, talvez, neste momento, ele mostre mais interesse nisso. Temos esperanças – disse.

O representante americano para a América Latina destacou que as eleições venezuelanas "foram muito importantes". Shannon afirmou que as eleições - nas quais Chávez venceu seu principal rival, Manuel Rosales, foram "uma expressão democrática do povo venezuelano".

– Vamos esperar os relatórios dos observadores, mas parece que Hugo Chávez ganhou de forma impressionante – disse.

Com 78,31% das urnas apuradas, segundo o Conselho Nacional Eleitoral, Chávez obteve 61,35% dos votos, contra 38,39% de Rosales.

Shannon chamou a atenção para o fato de que "a oposição mostrou a capacidade de montar uma campanha grande" e obteve uma percentagem de voto significativa.

– Isto criará um ambiente no país onde os diferentes grupos realmente poderão iniciar um processo de reconciliação para, talvez, diminuir um pouquinho o confronto evidente que existe na Venezuela. Esta é a nossa esperança – acrescentou.

– A Venezuela é um país democrático, é uma democracia com muitos desafios e problemas, mas é um país democrático – afirmou Shannon, acrescentando que o compromisso dos EUA na região "é com a democracia".

– Na medida em que os líderes e os partidos têm um compromisso com a democracia e na medida em que eles querem ter boas relações conosco, não nos importa se os líderes são de esquerda, centro ou de direita – afirmou.

O objetivo de Washington é "consolidar a democracia e assegurar que ela seja muito mais que uma votação, que também se reflita no lado social e econômico", ressaltou.

AGÊNCIA EFE
 

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