| 02/12/2006 16h47min
Cerca de 16 milhões de pessoas deverão ir às urnas neste domingo para escolher o futuro presidente da Venezuela. Na cédula eleitoral haverá o nome de 10 candidatos, mas os dois candidatos com reais chances de vencer são o atual presidente, Hugo Chávez, e o oposicionista, Manuel Rosales.
Chávez, que obteve 57% dos votos em recente pesquisa, e Manuel Rosales, governador do Estado de Zulia, aproveitaram a semana para fazer seus últimos comícios e, sobretudo, pedir que a Constituição seja cumprida quando se souber o veredicto das urnas – previsto para o domingo.
Chávez e Rosales pediram paz na votação de domingo, embora ambos tenham expressado desconfiança com relação ao rival e alertado sobre as supostas tentativas que o adversário poderia realizar para semear confusão. Em armazéns e supermercados se esgotaram as reservas de leite, frango e alguns outros produtos em meio a longas filas de clientes com carrinhos cheios. Os consumidores confessavam o medo de não encontrar alimentos nos próximos dias, apesar dos pedidos de calma e as garantias dadas pelas autoridades.
O principal trunfo do atual presidente da Venezuela é o desempenho da economia. O país teve um dos mais altos crescimentos do mundo – 10,2% no terceiro trimestre de 2006 – impulsionado pelos preços do petróleo, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) per capita equivaler ao de 1998, época em que ele foi eleito presidente.
Já Rosales propõe uma contraposição ao poder de Chávez e afirma que o país poderá optar por dois modelos neste domingo: "um, dos que acreditam na democracia, na liberdade e na justiça social, e o outro dos que querem estabelecer um sistema Castro-Cubano-Comunista, tirando a liberdade do povo".
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) – poder autônomo encarregado de organizar o processo, garantir a transparência da votação e anunciar os resultados após a apuração – as sessões serão abertas às 6h da manhã (8h de Brasília) e fecharão às 16h (18h de Brasília), embora por lei pode haver prorrogação se restarem eleitores que não puderam votar.
O CNE também advertiu que está proibido publicar pesquisas de boca-de-urna antes que o Conselho emita, no domingo, seu Diário Oficial sobre os resultados da apuração. A presidente do CNE, Tibisay Lucena disse que cerca de 600 representantes de meios estrangeiros e cerca de 6 mil venezuelanos foram credenciados para as eleições, e afirmou que "o mundo" poderá testemunhar como a Venezuela vota "com civismo, alegria e democracia".
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