| 01/11/2006 12h51min
Diferentemente do Brasil, o controle do espaço aéreo nos EUA é realizado por civis, funcionários da Federal Aviation Administration, a agência de aviação americana. Eles controlam tanto o tráfego comercial quanto o de aeronaves privadas e militares. No total, existem 24 mil controladores de tráfego aéreo, divididos em turnos de oito horas, para acompanhar até 7,5 mil vôos simultâneos. Mesmo considerando que parte atua em funções indiretas, há quase um operador para cada avião.
Por lei, os controladores não podem acompanhar os radares por mais de duas horas sem intervalo e costumam operar em equipes de, pelo menos, três pessoas. Se um errar, outros dois profissionais podem atuar a tempo de evitar um acidente.
No mais movimentado espaço aéreo do mundo, a atividade não é das mais fáceis. Num dia comum, cerca de 20 aeronaves são redirecionadas a cada hora. No trágico 11 de setembro, os operadores tiveram uma função essencial: foram capazes de redirecionar e garantir o pouso de 1,1 mil vôos em 15 minutos, após a ordem de limpar o espaço aéreo americano, às 9h45min.
Com maior prestígio, os controladores passaram a ter um dos mais disputados empregos da aviação, com salários que podem chegar a US$ 139 mil por ano (R$ 298 mil, ou mais de R$ 29 mil mensais). A média salarial é de U$ 8,5 mil mensais (R$ 18 mil), mais de cinco vezes o que recebe no Brasil um controlador com 20 anos de experiência.
Na Argentina, a situação é bem diferente, como mostra o recém-lançado Força Aérea Sociedade Anônima, do ex-piloto Enrique Piñeyero. Críticos disseram que o filme faz "qualquer pessoa perder a vontade de viajar outra vez em um avião na Argentina". O governo nega ter sido influenciado pelo filme, mas anunciou que, até o fim do ano, o controle da aviação comercial sairá do âmbito da Força Aérea e passará para uma administração civil.
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