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 | 01/11/2006 12h42min

Aeronáutica começa a implementar medidas contra a crise

Infraero recomenda chegar na hora ao aeroporto de Porto Alegre, no feriado

Diversas medidas começam a ser tomadas na véspera desse feriado para combater a crise nos aeroportos causada pela operação-padrão dos controladores de vôo. Uma das primeiras novidades para resolver o impasse e tranqüilizar o passageiro que está com passagem marcada e não sabe se conseguirá viajar será o deslocamento de 15 controladores de tráfego de outras organizações para o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), em Brasília.

Segundo o Comando da Aeronáutica, os aviões maiores terão prioridade nos horários de pico. Das 10h30min às 12h e das 17h às 20h, passageiros de vôos mais numerosos serão privilegiados, salvo casos especiais, como pessoas em estado de saúde grave. Além disso, serão criadas rotas alternativas, de modo que os vôos não precisem passar por Brasília.

Representantes da Aeronáutica adiantaram que na próxima segunda-feira será lançado um edital de concurso público para a contratação de 64 controladores de vôo civis. Eles farão um curso em São José dos Campos e serão incorporados à equipe em breve.

Mesmo com a previsão pessimista do presidente da Associação dos Controladores de Vôo do Rio de Janeiro, Jorge Botelho, que disse que é praticamente impossível evitar novos atrasos no feriadão, a Aeronáutica acredita que as medidas vão agilizar o fluxo aéreo. Já são seis dias de confusão em aeroportos de todo o Brasil, desde que os controladores resolveram não operar acima das recomendações de segurança, de 14 vôos para cada profissional ao mesmo tempo.

Em Porto Alegre, apesar do grande número de problemas nos vôos – somente até às 10h da manhã de hoje, 16 haviam sido cancelados e quatro estavam atrasados – a gerência da Infraero recomenda que os passageiros cheguem ao aeroporto Salgado Filho na hora marcada, pois os problemas são imprevisíveis, e os atrasos têm sido de "apenas" uma ou duas horas. Ou seja, não adianta tentar se prevenir do transtorno chegando mais tarde, pois o vôo pode sair na hora.

Mas para quem se sente prejudicado – e com razão – pelos atrasos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lembra que há uma legislação internacional de segurança que prevê o tempo de espera para os passageiros de até quatro horas, para o caso de eventuais problemas ou necessidades de conserto. Evidentemente, a reserva não é para ser uma rotina, mas uma casualidade. Mesmo assim, até esse limite de tempo, o lesado tem que se resignar.

A Anac disponibiliza uma área em seu site, para que os clientes conheçam seus direitos e deveres. A reclamação deve ser feita com a companhia aérea, que é com quem o consumidor tem contrato, através do bilhete da passagem, segundo a agência. Mesmo que possam alegar não ter culpa do transtorno, elas são as responsáveis por despesas com alimentação, hospedagem ou até reembolso da passagem, após o prazo de quatro horas.

 

Amauri Knevitz Jr.
amauri.knevitz@rbsonline.com.br

 

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