| 23/10/2006 23h47min
Os funcionários da torre de controle de tráfego aéreo localizada na serra do Cachimbo, Mato Grosso, não têm obrigação de falar inglês por não se tratar de um aeroporto internacional, mas sim de uma base militar. A explicação foi dada em nota divulgada nesta segunda-feira pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
– O Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), organização do Comando da Aeronáutica localizada na serra do Cachimbo, não prevê a operação de tráfego civil nem é um aeroporto internacional. Por este motivo, os controladores que atuam na unidade não têm obrigatoriedade de utilizar a língua inglesa, diferentemente do que ocorre em aeroportos que operam linhas internacionais – diz a nota.
O avião Legacy fabricado pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) fez um pouso de emergência na pista do Comando na serra do Cachimbo após colisão com o Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas no dia 29 de setembro e que teria provocado a queda do avião comercial, com a morte de 154 pessoas.
Em relação a uma suposta falta de entendimento entre o piloto do Legacy e o controlador do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, que atendeu ao chamado de emergência, a nota acrescenta a hipótese de um conflito de comunicação.
– Há que se considerar a possibilidade de ter havido um ‘conflito de comunicação' uma vez que o piloto do Legacy falava ao mesmo tempo que o piloto que fazia a ponte e o controlador que buscava orientar o pouso em segurança no aeródromo militar – diz o comunicado.
A nota destaca ainda que “somente com o auxílio do referido controlador de Cachimbo foi possível ao Legacy pousar com segurança”.
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