| 23/10/2006 23h40min
O Ministério da Defesa não confirma se o piloto Alexander Gómez será chamado a prestar depoimento. Gómez pilotava o avião da empresa de transporte norte-americana Polar Air Carga, que prestou socorro ao jato Legacy 600 após a colisão com o Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas no último dia 29. A queda do Boeing deixou 154 mortos.
A expectativa era de que o piloto pudesse prestar informações sobre a comunicação com as torres de controle na região amazônica. Depois do acidente, no norte de Mato Grosso, foi levantada a hipótese de haver um “buraco negro” no espaço aéreo brasileiro, onde a comunicação com as torres seria falha. Mas o Comando da Aeronáutica descartou essa possibilidade de dificuldade de comunicação.
– Depois do acidente, um avião-laboratório fez uma avaliação de todo o sistema de controle de tráfego aéreo e confirmou que não houve qualquer irregularidade – afirma a Aeronáutica, em nota divulgada hoje.
Mais cedo, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse que o acidente foi conseqüência de uma sucessão de erros: dos pilotos do Legacy, do controle e de interpretações erradas das regras de vôo. Mas ressaltou que é pouco provável que tenham ocorrido falhas em equipamentos e que se o transponder do Legacy estivesse em funcionamento, o acidente teria sido evitado.
Em depoimento à Polícia Civil de Mato Grosso, o piloto do Legacy, o norte-americano Joseph Lepore, contou que após o acidente começou a tentar contato com a freqüência de emergência (121.5 MHz) e conseguiu ser ouvido por Gómez.
Coube ao piloto da empresa de transporte norte-americana fazer a intermediação do contato do Legacy com os controladores de vôo da base do Comando da Aeronáutica localizada na serra do Cachimbo, no Pará. Por não se tratar de um aeroporto internacional e não prever esse tipo de pouso nessa base, os controladores de vôo locais não dominam o idioma inglês. E os pilotos norte-americanos do Legacy também não falam português.
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