| 20/10/2006 20h24min
O superintendente da Polícia Federal do Mato Grosso, Daniel Lorenz, que investiga o episódio do dossiê contra os tucanos, não quis comentar, nesta sexta-feira, a informação de que o ex-ministro José Dirceu teria trocado ligações com Jorge Lorenzetti, um dos petistas envolvidos na tentativa de compra do material.
– Confirmar ou desmentir o nome seria leviano e precipitado – disse o delegado, em entrevista coletiva.
O relatório preliminar da PF, entregue hoje à 2a Vara Federal do Mato Grosso, traz o cruzamento das ligações telefônicas feitas entre mais de 800 números. O documento informa os próximos passos que a Polícia Federal pretende adotar, como colher o depoimento do empresário Abel Pereira, amigo do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, em 2002, e que teria procurado Luiz Antonio Vedoin, da Planam, para negociar o dossiê.
As ligações duraram menos de um minuto cada uma e foram realizadas num intervalo de três horas. Lorenz não quis confirmar se as ligações partiram de telefone fixo para fixo, de celular para celular, ou de fixo para celular.
Um policial envolvido na investigação revelou que o telefone utilizado não estava em nome do suspeito, mas seria usado por ele. Além disso, a ligação não teria sido feita para um número em Brasília, onde funciona a sede do comitê de Lula.
O relatório detalha informações apuradas até agora pela PF sobre a origem do R$ 1, 7 milhão que seria usado na compra do dossiê. Desse montante, o equivalente a R$ 600 mil estavam em moeda americana. A polícia diz que já investigou 30 estabelecimentos que comercializam dólares e que encontrou, em algumas das transações analisadas, outras ilegalidades que devem ser objeto de investigação específica.
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