| 20/10/2006 19h09min
O relatório parcial da Polícia Federal entregue hoje à Justiça Federal, em Mato Grosso, aponta Jorge Lorenzetti, como “a pessoa que articulou no âmbito nacional a compra do dossiê”. Segundo o relatório, citado pelo site G1, “ele pediu que Gedimar Passos fizesse o contato inicial com Valdebran Padilha, dando funções específicas a Expedito Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil) e Osvaldo Bargas (ex-assessor do Ministério do Trabalho). Ele também pediu que Gedimar fosse a São Paulo para receber o dossiê e entregar a Hamilton Lacerda (ex-assessor do candidato petista Aluízio Mercadante ao governo de São Paulo)”.
Lorenzetti é ex-assessor de Análise e Risco da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.
A Polícia Federal indiciou o petista Gedimar Passos por ocultação de documentos, crime previsto no artigo 304 do Código Penal. Gedimar trabalhava na campanha para reeleição de Lula e foi preso com R$ 1,7 milhão, dinheiro que seria usado na
negociação do dossiê. Este
foi o primeiro indiciamento do caso desde o início das investigações no dia 15 de setembro, quando as quatro pessoas foram presas.
Até o momento, a PF não conseguiu descobrir a origem do dinheiro, omitida por Gedimar e Valdebran Padilha, ex-filiado do PT também preso num hotel em São Paulo.
O indiciamento de Gedimar faz parte da conclusão da primeira parte das investigações. Na quinta-feira, terminou o prazo de um mês dado pela Justiça do Mato Grosso para que a polícia apurasse o caso. A polícia pediu mais 30 dias para concluir a investigação.
Em entrevista concedida à imprensa em Cuiabá, o delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado Filho, não respondeu sobre a expectativa de descobrir de onde veio ao menos parte do dinheiro antes das eleições.
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