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 | 19/10/2006 18h52min

TSE arquiva processo contra apoio de Blairo Maggi a Lula

Tucanos acusavam presidente de abuso de poder político

O corregedor-eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro César Asfor Rocha, determinou ontem o arquivamento da ação apresentada pela coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL) contra o candidato a reeleição presidencial Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PCdoB/PRB). A decisão foi divulgada nesta quinta.

Na ação, o PSDB e o PFL pediam a abertura de investigação judicial sobre as circunstâncias que envolveram o apoio do governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), a Lula. Os partidos alegavam que o apoio se deu em troca da promessa de liberação de R$ 3 bilhões em verbas federais para o agronegócio mato-grossense.

A coligação que apóia o ex-governador de São Paulo reivindicava que Lula apresentasse defesa judicial, que Blairo Maggi fosse ouvido como testemunha e que, se comprovada a irregularidade de abuso de poder político e de autoridade, Lula tivesse o seu registro ou diploma de eleito cassado.

O ministro do TSE entendeu que o pedido de abertura de investigação não foi baseado em fatos e provas concretas, limitando-se a apresentar matérias jornalísticas sobre a suposta troca de apoio político por verbas para o Estado do Mato Grosso. No documento em que determina o arquivamento da ação, Asfor Rocha explica os motivos de sua decisão:

O governador reeleito do Mato Grosso anunciou apoio ao candidato do PT no último dia 11, após uma reunião com Lula no Palácio da Alvorada. De acordo com Blairo Maggi, a continuidade do governo é melhor para o Mato Grosso em função dos projetos em andamento.

– As questões da agricultura terão que ser resolvidas, e acho que estão muito mais próximas de ser resolvidas nesse governo do que começar tudo de novo – disse Maggi, que também atua no setor de agronegócio.

Por conta do apoio dado a Lula, ele foi desfiliado do PPS ontem por determinação do presidente da legenda, Roberto Freire. O partido apóia, informalmente, a candidatura de Geraldo Alckmin desde o primeiro turno das eleições. Maggi ainda não reconheceu a desfiliação e aguarda uma posição do diretório estadual do PPS.

AGÊNCIA BRASIL
 

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