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 | 17/10/2006 16h10min

Oposição protocola pedido de ampliação de investigação do caso dossiê

Representação também solicita verificação contra Lula por crime eleitoral

Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati, do PFL, Jorge Bornhausen, do PPS, Roberto Freire, e o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), protocolaram nesta terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de investigação de supostas irregularidades praticadas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e integrantes da Polícia Federal na apuração da origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê contra tucanos por petistas.

A representação, feita ao ministro-corregedor do TSE, César Asfor Rocha, também pede nova investigação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por prática de crime eleitoral e cooptação do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. A oposição alega que Maggi declarou seu apoio formal a Lula após receber garantias de liberação de verbas para o agronegócio.

– Ele mudou a versão, mas o que ele disse está nos jornais. O poder que as pessoas têm de se desmentir é uma coisa impressionante – disse Jereissati, que citou o caso de Gedimar Passos, um dos envolvidos na compra do dossiê, que voltou atrás na sua versão sobre o caso.

Jereissati informou que está transferindo para quarta-feira o encontro com o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda. O senador alegou querer ouvir antes o delegado Sandro Torres Avelar, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal, com quem está reunido em seu gabinete. Avelar aproveitou o encontro para apresentar projeto para evitar politização da PF.

À saída do TSE, os líderes da oposição rebateram acusações da campanha de Lula de que estariam tentando "desestabilizar" o processo democrático ao acusar a Polícia Federal de estar a serviço do governo.

– Nós estamos vendo a desestabilização do país por causa do uso de dinheiro criminoso durante esta eleição – disse Jereissati.

Já Roberto Freire defendeu o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno, que confessou o vazamento das fotos do dinheiro às vésperas do primeiro turno da eleição.

– O erro foi da PF porque foi o único episódio em que não foi dada publicidade para apreensão de dinheiro. O delegado está sendo perseguido. O que ele fez foi adotar aquilo que a PF estava fazendo como regra – conta.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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