Com o discurso de que PSDB e PFL querem tirar a legitimidade dos resultados das eleições, partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeram empenho na reta final da campanha. PSB, PCdoB e parte do PMDB vão mobilizar políticos eleitos para que saiam em defesa do candidato petista e, principalmente, rebatam as críticas da oposição sobre a suposta demora nas investigações do dossiê contra políticos tucanos.

A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) acusa a Polícia Federal de protelar as investigações, para não prejudicar a candidatura petista. Em reunião com o presidente do PT e coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, os presidentes do PSB, Roberto Amaral, do PCdoB, Renato Rabelo, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que falou em nome da ala governista do partido, disseram que vão trazer seus parlamentares a Brasília para que usem as tribunas do Congresso, em defesa de instituições como a Polícia Federal e da candidatura Lula, além de mobilizar governadores eleitos nos estados e a militância nas ruas.

– O jogo tem que ser jogado segundo as regras. Nossos adversários estão tentando criar um clima de insegurança. Eles estão desesperados – disse Roberto Amaral.

O presidente do PCdoB mostrou que o discurso contra os tucanos continuará enfocando as privatizações e os programas sociais.

– É curioso que o candidato da oposição tome emprestado o nosso programa. Ele jura por todos os santos que não vai privatizar nada, repete isso de manhã, à tarde e à noite, mas isso não é o programa deles, é o nosso – disse Rabelo, que também criticou Alckmin por dizer que o Bolsa Família foi criado no governo Fernando Henrique.

O ex-líder do governo tucano e agora líder do governo no Senado, Romero Jucá, disse que os partidos aliados vão trabalhar para assegurar o andamento das instituições.

– Vamos atuar no sentido de garantir a estabilidade democrática e as instituições brasileiras.

AGÊNCIA O GLOBO