| 17/10/2006 11h38min
Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati, do PFL, Jorge Bornhausen, e do PPS, Roberto Freire, protocolam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 11h30min desta terça-feira, um pedido de ampliação da investigação sobre o dossiê contra tucanos e a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que explique o seu suposto envolvimento e da cúpula da Polícia Federal, numa operação para inocentar Freud Godoy das denúncias. A oposição acusa o governo de transformar a Polícia Federal em polícia política.
Ontem, Jereissati prometeu "reagir no Parlamento com todas as armas legítimas de que dispomos, para que ela não siga esse caminho fascista, permitindo o afastamento de delegados independentes e o uso de suas instalações de forma irregular". O presidente do PT e coordenador nacional da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, reagiu anunciando que vai processar a revista Veja, para pedir direito de resposta e reparação de danos pela citação de seu nome na suposta operação abafa para livrar Freud Godoy:
– Eu sou apresentado como Bin Laden mesmo, então vou tirar o turbante e tomar todas as medidas cabíveis no meu caso. Serão medidas radicais contra quem desrespeita a lei – disse.
Freud foi citado nos dois primeiros depoimentos de Gedimar Passos, um dos petistas presos com R$ 1,7 milhão e que depois mudou sua versão, como um dos envolvidos no escândalo da compra do dossiê contra os tucanos.
A oposição foi motivada por uma reportagem publicada no último fim de semana pela revista Veja, que denuncia uma operação para inocentar Freud Godoy do envolvimento na compra do dossiê. Segundo a revista, três delegados contaram que Freud e José Carlos Espinoza, um ex-segurança e amigo de Lula, teriam tido um encontro reservado com Gedimar na sede da PF em São Paulo, antes deste mudar seu depoimento.
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