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 | 25/09/2006 20h08min

Expedito e Lorenzetti terão de explicar suas funções em campanha

Comissão de Ética Pública avaliará se houve confusão com a atividade pública dos dois

Reunida nesta segunda, a Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, decidiu pedir esclarecimentos sobre a situação funcional de Expedito Afonso Veloso e Jorge Lorenzetti e as atividades desenvolvidas por eles na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Expedito é funcionário de carreira do Banco do Brasil e se afastou da direção do banco após o envolvimento de seu nome na negociação do Dossiê Cuiabá, contra políticos tucanos. Lorenzetti é diretor do Besc, um banco federalizado.

A Comissão de Ética avaliará se houve confusão entre o exercício da atividade no serviço público e a de cidadão. Como cidadãos, os dois podem participar de campanhas políticas, mas como agentes públicos não podem exercer cargos de direção ou coordenação. O pedido de esclarecimento será encaminhado a Lorenzetti, a Expedito, ao BB e ao Besc.

– Tem de haver clareza de posição. Não pode haver confusão de papéis. É importante que se faça distinção entre a atividade de agente público e a de cidadão – disse o presidente em exercício da Comissão de Ética, Marcílio Marques Moreira.

O processo contra os dois foi aberto por iniciativa da própria da comissão, com base em informações publicadas na imprensa. Expedito, Lorenzetti e os dois bancos têm prazo de cinco dias úteis para responder a partir da data do recebimento do ofício. A Comissão de Ética quer saber qual era a situação funcional dos dois, se estavam de férias, de licença remunerada ou não-remunerada e que função exerciam na campanha, para decidir que tipo de sugestão encaminhar ao presidente Lula. Além das funções na campanha de Lula, a comissão quer saber de Lorenzetti sua ligação com organizações não-governamentais.

A comissão também pediu esclarecimentos ao secretário da Juventude, Beto Cury, que teria levado estudantes do Projovem para o comício de Lula na Cidade de Deus, no Rio. A comissão também fará outro pedido de informações ao subsecretário da Secretaria de Comunicação (Secom), Tadeu Rigo, sobre o gasto de R$ 11 milhões na confecção de cartilhas com propagandas de ações do governo federal. A confecção das cartilhas ocorreu na gestão de Luiz Gushiken.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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