A coligação PSDB-PFL não vai entrar com pedido de impugnação da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os partidos optaram por entrar com uma ação de investigação judicial e eleitoral no TSE contra Lula, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, Gedimar Passos, Valdebran Carlos Padilha da Silva e Freud Godoy. Gedimar e Valdebran foram presos quando supostamente tentavam comprar um dossiê contra José Serra. Assessor de Lula, Freud é apontado como a pessoa que teria encomendado o dossiê.

Os dois partidos querem que um órgão isento investigue a origem dos recursos apreendidos pela Polícia Federal com Gedimar e Valdebran, e se a PF tentou proteger os petistas para evitar prejuízos à campanha de Lula. O advogado José Eduardo Alckmin acredita que o dinheiro que seria usado para comprar o dossiê (R$ 1,7 milhão) seja proveniente de caixa dois.

Tucanos e pefelistas admitem que a investigação não será concluída antes das eleições e da diplomação do futuro presidente. Por isso, dependendo do resultado das investigações, os dois partidos entrariam com pedido de impugnação de mandato eletivo futuramente, caso Lula seja reeleito, alegando que houve uso da máquina pública em favor do candidato. A pena prevista, no caso, é de inelegibilidade por três anos.