| 27/07/2006 10h59min
O candidato ao governo gaúcho Alceu Collares (PDT) descartou, caso seja eleito, ter em seu governo o trabalho de sua mulher, a vereadora Neuza Canabarro, que foi secretária da Educação quando o pedetista administrou o Estado (1990-1994). Segundo Collares, ela não quer mais atuar no Executivo.
– Ela está se dando bem no Legislativo – disse o ex-governador em entrevista ao programa Polêmica, da Rádio Gaúcha.
Ele acrescentou que Neuza sentiu-se injustiça e, por isso, não pretende voltar ao governo mesmo em caso de vitória do PDT na disputa pelo Palácio Piratini.
– Vocês se lembram, ela sofreu muito com a CPI do PT. Hoje nos sentimos duas criaturas realizadas por termos passado por essa prova de fogo – afirmou o ex-vendedor de laranjas.
Ao comentar umas das medidas mais lembradas de sua gestão, o calendário rotativo, Collares avaliou que a proposta cumpriu o seu papel naquele momento. Segundo ele, foi uma boa idéia bem implementada, mas desnecessária atualmente:
– Para eliminar o excedente (alunos) nos tivemos que fazer esse esforço gigantesco.
Sem esquecer de mencionar o seu ex-companheiro de partido, Leonel Brizola, o candidato declarou que voltará a implantar escolas de tempo integral.
Ainda sobre o tema educação, o ex-governador ponderou que talvez o sistema de cota social seja melhor do que as cotas raciais. Ele teme que ocorra um racismo às avessas. Ele citou a sua história como exemplo de superação, mas disse que não queria ser exceção.
Collares destacou que o tema da segurança pública será prioridade em seu governo. Para melhorar o desempenho do setor e acabar com o déficit humano na Brigada Militar e Polícia Civil, o candidato declarou que serão realizadas novas contratações de servidores. Ao ser indagado como conseguiria recursos para fazer essas admissões, ele disse que readaptará as verbas das secretarias caso seja eleito, reduzindo os valores repassados para pastas consideradas menos importantes.
Além disso, o candidato se comprometeu a construir conjuntos habitacionais destinados para policiais militares e civis.
A crise financeira enfrentada pelo Estado pontuou diversos momentos da entrevista. Collares avaliou que o Pacto pelo Rio Grande, proposta aprovada pelo legislativo gaúcho para combater o déficit estrutural do Estado, congelou o novo governo. De acordo com ele, a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul não é "incompetência de um governo só", mas descartou que sua gestão tenha contribuído para carência de recursos vivida pela administração estadual.
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