O programa Polêmica, da Rádio Gaúcha, desta segunda-feira deu a partida nas entrevistas com os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. No primeiro dia da série que se encerrará em 3 de agosto, o concorrente Roberto Robaina (coligação P-Sol-PCB-PSTU), de 38 anos, defendeu a auditoria da dívida estadual com a União. Segundo ele, essa medida seria tomada para que os gaúchos saibam o perfil dos débitos do Estado.

Sobre o fato de o P-Sol não ter referendado o Pacto pelo Rio Grande, Robaina disse que a proposta prevê arrocho salarial dos servidores do Executivo, alternativa condenada pelo partido. Ele acrescentou que, no entanto, a medida não toca nos cargos de confiança. Por esses motivos, o partido discordou da proposta votada na Assembléia Legislativa.

Conforme o candidato os eixos principais da campanha do P-Sol em âmbito nacional e estadual, é a questão da redução dos juros e o fim dos cargos de confiança.

Ele disse que o congelamento dos salários dos funcionários da segurança prejudicará a área no Estado, que, segundo ele, vem perdendo efetivo nos últimos anos.

Durante a entrevista, ele destacou ainda que o P-Sol é contrário a alianças com o PMDB, PL e PTB, entre outros.

– Alianças com essa gente não valem a pena fazer – disse Robaina que, apesar de ser há anos militante político, nunca havia sido candidato nem a vereador.

Ao ser indagado pela jornalista Rosane de Oliveira, do jornal Zero Hora, sobre a dificuldade de um governo avançar com seus projetos sem ter maioria no legislativo, o candidato afirmou que o P-Sol não rejeita aliança com qualquer um:

– Rejeitamos alianças com quem está envolvido com corrupção, com partidos que defendem os banqueiros. Nós não queremos o poder pelo poder.