| 25/07/2006 10h59min
O candidato ao governo gaúcho Edison Pereira (PV) propõe a construção de um trem-bala, movido à energia elétrica, que interligue Porto Alegre a Torres. A intenção do integrante do PV foi exposta em entrevista ao programa Polêmica, segunda da série que está sendo realizada pela Rádio Gaúcha. Conforme ele, o custo atingiria cerca de US$ 500 milhões. Para a obra sair do papel, Pereira disse que seriam usados recursos dos créditos de carbono, mecanismo estabelecido pelo Protocolo de Kioto para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. Para cada tonelada de gases que se deixa de emitir, o país ganha um certo valor em dólar. Isso pode ser revertido comercialmente para empresas limpas que vendam créditos.
Ele descarta que sua proposta seja polêmica. Conforme o candidato, embora pareça utópica, é necessário fazer esse tipo de obra, que reduziria o uso do automóvel e os problemas com a freeway. Sobre o custo do trem-bala para os usuários, que costuma no Japão ser superior ao de passagens aéreas, o candidato do PV disse que o serviço seria barateado com o uso também de energia eólica.
Uma das preocupações do candidato do PV é a necessidade do partido ultrapassar a cláusula de barreira. Ele teme que o partido deixe de existir. De acordo com as novas regras, as legendas que não obtiverem 5% do total de votos apurados para deputado federal no país e 2% em pelo menos nove Estados não poderão eleger líderes, participar da composição das mesas e indicar membros para comissões tanto na Câmara dos Deputados quanto nas Assembléias Legislativas. Além disso, perderão direito aos recursos do fundo partidário e à propaganda eleitoral gratuita.
– Eu tenho humildade de reconhecer que as nossas dificuldades são muito grandes – admitiu o candidato do PV.
Além de comentar os obstáculos que o partido terá de enfrentar na próxima eleição, o candidato destacou as dificuldades de todos os candidatos, em caso de vitória, na execução dos programas de governo em virtude da falência do Estado gaúcho.
Durante a entrevista, Edison Pereira se disse contrário à plantação de eucaliptos na metade sul do Estado. De acordo com ele, as empresas de celulose poderiam optar pela acácia, que seria menos agressiva ao meio ambiente. Além disso, ele acrescentou que esses projetos precisariam ser acompanhados de perto por especialistas para a avaliação do impacto ambiental.
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