| 15/07/2006 11h23min
Especialistas criticam a presença de policiais à paisana dentro dos coletivos na capital paulista. Eles acreditam que a ação não ajudará a inibir os atentados.
– Eles mudam de alvo. Param de incendiar ônibus. Como, aliás, já estão fazendo – diz o coronel da PM José Vicente da Silva, ex-secretário nacional de Segurança Pública.
– É preciso isolar de fato os líderes nas cadeias e ter um serviço de inteligência amplo que evite o ataque – afirma.
– Não é preventivo – diz Guaracy Mingardi, ex-policial civil e diretor do Instituto Latino Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente.
– É preciso evitar as ações. Assim não vamos resolver o problema. Somente estamos correndo atrás e isso mostra que o estado não tem estratégia para combater os bandidos – afirma.
Para Silva, o mais adequado seria intensificar o policiamento perto das garagens, terminais e principais corredores da cidade. Mingardi diz que é preciso escolher muito bem os policiais que estarão nos ônibus.
– Não poderão abordar bandidos dentro do ônibus, pois pode haver tiroteio no meio do povo – diz.
– Não dá para colocar PM em todos os ônibus – diz Paulo César Fontes, consultor e especialista em segurança pública.
Para ele, as ações mais eficazes são revistar advogados nas prisões, gravar conversas entre eles e os presos e instalar aparelhos de raio-X na cadeias para evitar que telefones celulares cheguem aos presos.
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