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 | 14/07/2006 22h35min

Pastoral teme que violência aumente discurso da repressão

Assessor diz que campanha voltada para endurecimento de penas é negativa

A nova onda de ataques criminosos em São Paulo deve “pautar” um discurso repressivo nas campanhas eleitorais deste ano, acredita José de Jesus, assessor jurídico da Pastoral Carcerária.

– Essa violência vai pautar a campanha eleitoral para governo estadual e federal, para a Câmara e para o Senado – afirmou.

Para Jesus, as campanhas eleitorais, agora, serão voltadas para a ideologia da lei e da ordem e para o endurecimento das penas, o que é “extremamente negativo”. José de Jesus acredita que os candidatos deveriam defender, por exemplo, a aplicação de penas alternativas em vez de propor a construção de mais presídios.

– Quando o Estado prende alguém, ele está filiando essa pessoa ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Para que não haja mais arregimentação de membros para a facção criminosa, deve haver uma campanha contra o aprisionamento, principalmente dos primários, aqueles envolvidos pela primeira vez num crime – criticou.

O assessor da Pastoral acredita que os discursos deveriam incluir, ainda, o compromisso de investimentos em uma ação policial “mais estratégica, menos truculenta e menos vingativa”.

AGÊNCIA BRASIL
 

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