A presença de viaturas da Guarda Civil Metropolitana nos terminais e policiais à paisana nos coletivos está deixando os paulistanos apreensivos. Eles temem tiroteios dentro dos ônibus.

– Tenho necessidade de andar de ônibus e não tenho medo. Só temo se houver PMs disfarçados porque, se algo acontecer, eles vão querer trocar tiros – disse a encadernadora de livros Maria Edna de Oliveira, de 53 anos.

A Prefeitura e a Polícia Militar decidiram implantar policiais à paisana dentro de mais de 50% dos 7,6 mil coletivos da capital paulista. O objetivo é evitar novos ataques contra coletivos. Pelo menos 55 ônibus foram atacados em três dias.

Além da presença de policiais dentro dos coletivos, viaturas da Guarda Civil Metropolitana estão monitorando os terminais e as garagens. Nos terminais mais movimentados, o efetivo chega a 12 homens e três carros. Policiais militares também estão acompanhando os coletivos nos principais eixos da cidade.

O cobrador Alberto Carlos Santos, 38 anos, diz ter medo.

– As autoridades demoram para tomar atitudes – afirmou.

Já a costureira Francisca Francinete de Souza, 42 anos, acredita que estará mais segura sem policiais nos ônibus.

– Eles (policiais e bandidos) vão trocar tiros, são duas gangues que não combinam – disse.