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 | 01/07/2006 10h37min

Palestinos que seqüestraram israelense exigem retirada de tropas

Milicianos afirmam que estão fazendo reivindicações justas e humanitárias

As milícias palestinas que capturaram o soldado israelense Gilad Shalit exigem que Israel retire suas forças da Faixa de Gaza e liberte mil presos palestinos, árabes e muçulmanos em troca de informações sobre o refém. Em comunicado, os milicianos asseguram estar fazendo reivindicações justas e humanitárias e reiteram o pedido feito a Israel há cinco dias para que liberte as mulheres e os menores de idade detidos em prisões israelenses.

Analistas locais afirmam que a intenção das milícias palestinas é, claramente, trocar o militar. O comunicado de hoje, portanto, deve ser interpretado como uma oferta nesse sentido.

Em uma operação em território israelense na qual outros dois soldados morreram, Shalit foi capturado no domingo passado pelo braço armado do Hamas – as Brigadas Azzedin al-Qassam –, pelos Comitês Populares de Resistência e pelo até então desconhecido Exército Islâmico. O médico palestino que visitou o refém garantiu que ele se encontra em bom estado e que tem apenas ferimentos leves no abdômen e no ombro.

As três milícias só permitiram que um médico visitasse o refém por causa das pressões do governo egípcio sobre a liderança política do Hamas no exílio.

A oferta de troca sugerida pelo Hamas não foi aceita. O governo do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, prefere a forçar a libertação do soldado com ações militares.

– Não faremos nenhuma troca. Eles têm que libertá-lo. Se não o fizerem, o faremos nós – declarou Yariv Ovadia, porta-voz do Ministério israelense de Assuntos Exteriores.

Na quarta-feira, Israel lançou uma operação na Faixa de Gaza na qual ocupou a região sul da região e atacou, por terra, mar e ar, alvos estratégicos. Foram atingidas centrais elétricas, campos de treinamento, escritórios de representantes governamentais do Hamas e veículos de milicianos que se dirigiam ao norte para lançar foguetes Qassam. Só nesta madrugada, o exército israelense bombardeou sete estradas e disparou cerca de 350 projéteis de artilharia contra a Faixa de Gaza, informaram fontes militares.

AGÊNCIA EFE
 

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