| 19/06/2006 17h21min
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou hoje, em entrevista à Rádio CBN, que a corrupção está em quase todos os ministério do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Alckmin afirmou que fraudes parecidas com as compras superfaturadas de ambulâncias – descobertas pela Operação Sanguessuga, da Polícia Federal – ocorrem em outras pastas do governo. Ele citou a operação como exemplo de desperdício de dinheiro do contribuinte pela conjugação entre corrupção e falta de controle do Executivo.
– Como não há controle, casos como esse devem ocorrer em todos os ministérios. Por isso, vou implementar mecanismos de controles nos gastos – afirmou.
Na entrevista, Alckmin afirmou ainda que fará as "reformas que não podem ser adiadas". Entre elas, o tucano citou a política e a tributária, que, segundo o candidato, serão priorizadas já no primeiro ano do governo, caso seja eleito.
O candidato afirmou ainda que o Banco Central foi covarde em manter a taxa de juros alta e acusou o PT de falta de credibildade.
– - Eu não concordo com o presidente do Banco Central (Henrique Meirelles). Eu acho que errou na dose. Foi covarde. Agiu todo mundo na defesa. O Brasil não cresceu. E por quê? Porque o PT não tem credibilidade. Você fala 25 anos uma coisa, assume o governo e faz outra? – disse Alckmin.
O tucano disse ainda que a política cambial é um desastre e que Brasil tem a pior crise agrícola dos últimos 40 anos. Alckmin ainda criticou a política fiscal do governo Lula.
– Está havendo uma folia fiscal. Tudo se faz em ano de eleição. É uma política atrasada, que nem no interior mais se faz – disse.
O ex-governador disse esperar que, nesta segunda, o PPS, que faz convenção no Rio, decida pela coligação com o PSDB e o PFL.
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