Maria Cristina Rachado, advogada do criminoso Marcos Camacho, negou que tivesse colocado R$ 200 em notas de R$ 50 no bolso do funcionário Arthur Vinicius Pilastre Silva. Ela disse ainda que não ficou com o CD que lhe foi entregue pelo então funcionário terceirizado da Câmara. Ela disse que, embora Pilastre Silva tenha lhe dado o CD num shopping, ela o repassou para o advogado Sérgio Wesley da Cunha.

Depois, ela se contradisse. Maria Cristina afirmou que entregou o CD para o advogado Sérgio Cunha, que depois pediria à CPI uma autorização para lhe repassar a íntegra do conteúdo.

– Não fiquei com CD nenhum, não usei o CD, não passei para ninguém – disse.

O deputado Paulo Pimenta, relator, afirmou que ela corre o risco de ser incriminada por falso depoimento. Além de negar ter ficado com o CD, ela negou ter respondido um e-mail de Pilastre Silva. Na qual ambos se comunicavam para que fossem transmitidas informações sobre o "andamento do HC".

Maria Cristina afirmou que 'HC' é habeas corpus. Entretanto, HC é também parte do nome de Marcos Camacho, cujo nome completo é Marcos William Herbas Camacho. Portanto, HC poderia ser de "Herbas Camacho", segundo os deputados.

Perguntada sobre o e-mail, respondido por meio de um endereço eletrônico da filha dela e assinado como 'Cris', a advogada afirmou que não se lembrava do conteúdo e que ele tinha sido feito pela secretária dela, cujo nome é Sheila.

Maria Cristina afirmou que Pilastre Silva tinha se oferecido para acompanhar outro processo de um cliente dela no Superior Tribunal de Justiça (STJ), chamado Renato Goulart. A vice-presidente da CPI, deputada Laura Carneiro (PFL-RJ), perguntou porque um jovem iria estragar sua carreira, perder o emprego, somente para incriminar a dupla de advogados. Maria Cristina disse que não sabia.

– Como é que a senhora ia transformar esse rapaz, que a princípio é louco, em seu assessor? – completou Laura Carneiro.

AGÊNCIA CÂMARA E CLICRBS