| 22/05/2006 17h27min
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas vai ouvir amanhã os advogados Sérgio Wesley da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado, acusados de terem comprado o áudio de uma sessão reservada da CPI de um técnico de som. Os advogados representam integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e teriam repassado o teor das gravações ao principal líder da organização, Marcos Herbas Camacho, o Marcola. A reunião começará às 14h.
Na semana passada, o técnico de som Artur Vinicius Pilastre Silva, ex-prestador de serviço à Câmara, por meio de empresa terceirizada, confessou à CPI ter vendido a gravação para os dois advogados por R$ 200. Artur Vinicius está sob proteção da Polícia Federal e estará presente à reunião. Ele poderá falar aos deputados separadamente ou participar de acareação com os advogados.
A CPI também vai decidir amanhã onde será o depoimento de Marcola. A audiência poderá ser realizada na Câmara ou na penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo, onde o líder do PCC cumpre pena. Os integrantes da CPI divergem sobre essa questão. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) defende, por exemplo, que o depoimento seja na Câmara e aberto à sociedade.
– Ficou provado que depoimento reservado não adianta. O PCC já chegou a Brasília, então ele tem de vir também. Não sei se vai ser arriscado, mas chega de tratar bandido a pão-de-ló. disse.
Já o deputado Alberto Fraga (PFL-DF), prefere que o depoimento seja na prisão, em São Paulo.
– Temos de esquecer um pouco os holofotes e fazer nosso trabalho. O Marcola é um bandido, então o depoimento deve ser reservado, sem a presença da imprensa – afirmou.
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