| 06/05/2006 12h39min
O ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) Michael Moore criticou hoje em Lima as políticas de nacionalização dos recursos de um país, em alusão à recente decisão do presidente boliviano, Evo Morales.
O também ex-primeiro-ministro neozelandês esclareceu, no encerramento do "VII Simpósio Internacional do Ouro", que não podia fazer comentários sobre "as economias locais ou regionais". No entanto, ressaltou, neste evento que teve início na quarta-feira na capital peruana, que as políticas de nacionalização "fracassaram no passado".
Além disso, afirmou que lhe parece "insano" que "um governo ou uma população faça uma mesma coisa várias vezes e ainda espere que os resultados sejam diferentes", em referência às repetidas nacionalizações realizadas ao longo dos tempos na Bolívia.
O semanário britânico The Economist publicou hoje que "esta é a terceira vez que a Bolívia nacionaliza sua indústria petrolífera".
O governo do presidente Evo Morales anunciou hoje que a nacionalização é "irreversível", e assegurou que, caso um acordo seja firmado com as empresas petrolíferas sobre sua nova situação no país andino, estas gozarão de segurança jurídica e rentabilidade.
Moore também ressaltou a experiência de seu país, Nova Zelândia, "que liderada por um Governo democrático socialista" conseguiu se transformar a partir da década de 80 do século passado em "uma das economias mais abertas" depois de Hong Kong e Cingapura.
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