| 03/05/2006 14h41min
A companhia petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell declarou hoje que está avaliando as conseqüências do decreto que nacionaliza as jazidas de hidrocarbonetos da Bolívia, embora tenha ressaltado que ainda segue interessada nesses recursos naturais.
– A Shell está atualmente estudando as implicações deste decreto – disse um porta-voz da companhia, uma das maiores petrolíferas do mundo.
No entanto, a empresa segue "interessada em falar com o governo boliviano sobre possíveis saídas para que Shell participe do setor de hidrocarbonetos da Bolívia", acrescentou a fonte.
A Shell já possui participação de 25% na companhia boliviana Transredes Transporte de Hidrocarbonetos, responsável por um gasoduto de mais de 5.600 quilômetros de extensão. Além disso, a companhia petrolífera possui 30% de um gasoduto de propriedade da Gas Transboliviano, que exporta gás natural para o Brasil.
O presidente boliviano, Evo Morales, assinou na segunda um decreto que impõe às petrolíferas estrangeiras a entrega da produção no país andino. A medida obriga também esses grupos a ceder o poder de gestão da produção à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e a pagar um novo imposto de 32% às companhias que possuem as duas principais reservas de gás natural no território.
Segundo a decisão governamental, as companhias têm prazo de seis meses para aceitar um novo contrato com a YPFB ou retirar seus investimentos e abandonar o país.
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