| 04/04/2006 17h32min
A votação do relatório do relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), foi adiada para amanhã. A cúpula CPI vai se reunir ainda hoje com o PT, para pedir que o partido desista do voto em separado em troca de algumas modificações no texto. Na reunião de hoje, que foi transferida para as 18 horas, a CPI apenas vai discutir o texto de Serraglio. O relatório final recebeu 37 votos em separado, e o substitutivo do PT tem mais de 1,1 mil páginas.
– Nas minhas contas, pelo que me dizem os parlamentares, temos votos para aprovar – disse Serraglio.
O relator da CPI se queixou do voto em separado do PT. Segundo ele, não há indicações precisas quanto aos itens alterados. Em relação à caracterização do mensalão, da qual o PT discorda e quer a supressão, o relator disse que não aceita nenhuma mudança e garantiu estar disposto a ir a voto.
Participarão do encontro de negociação o relator Serraglio, o presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), o presidente do Senado, Renan Calheiros, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), o relator-adjunto Maurício Rands, e os sub-relatores de Contratos, José Eduardo Cardoso (PT-SP), e de Fundos de Pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-PR).
O senador gaúcho Pedro Simon (PMDB) defendeu a aprovação do documento elaborado por Serraglio. Simond afirmou que o PT comete um erro político ao tentar impedir a votação do relatório final. Segundo o senador, uma CPI faz um julgamento político e só o Procurador-Geral da República pode fazer a denúncia ao Supremo Tribunal Federal.
– Por isso, exigir provas definitivas é demonstração de incapacidade – acrescentou.
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