| 04/04/2006 15h46min
Governistas e oposição tentam desesperadamente um acordo para votar o relatório final da CPI dos Correios. Em função de muitas reuniões reservadas, o início da discussão passou das 14h para as 16h. O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que tentava um consenso com o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) em alguns pontos, prevê o pior dos quadros quando a discussão começar, sem acordo.
– Estamos partindo para a demência total. Vão falar o que não deve, ouvir o que não deve. É o desastre anunciado. Mas alguns abnegados ainda estão buscando alguma lucidez – disse Cardozo.
Há pouco, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) saiu do gabinete do líder José Múcio Monteiro (PTB-PE) e anunciou que não será substituído e comparecerá para votar com o relator Osmar Serraglio e a oposição. José Múcio vinha sendo pressionado pelo ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, para garantir o voto de Arnaldo contra o parecer oficial.
– O Zé Múcio foi supercorreto comigo. Me mandou votar com minha consciência e estarei lá para ajudar a aprovar o relatório do Serraglio. Se eu votar, não tem jeito, está aprovado. Se o PMDB substituir o Asdrúbal Bentes, ou ele mudar de idéia e votar com o governo, fica empatado em 15 a 15. Aí a batata cai no colo do Delcidio, que terá de desempatar. Como é o presidente da CPI, não terá como votar pela derrubada do relatório do Serraglio – disse Arnaldo.
Se os governistas e o PT tiverem o seu substitutivo global derrotado, vão tentar aprovar mudanças pontuais no voto.
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