| 24/03/2006 13h29min
O mercado financeiro local opera nos mesmos passos do norte-americano. O dólar comercial inverteu o ritmo e fechou a manhã em queda de 0,23%, a R$ 2,155 na compra e R$ 2,157 na venda, depois que a rentabilidade dos títulos nos Estados Unidos passou a cair.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou Wall Street e fechou a primeira etapa em alta de 0,54%, para 37.677 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 507 milhões.
– Não adianta, estamos em função do mercado americano. O dólar acabou invertendo de posição, quando a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano (treasuries) de 10 e 30 anos passou a cair – disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Corretora Novação.
Segundo ele, além dos treasuries, os investidores estão acompanhando de perto o preço do petróleo, que ontem subiu mais de US$ 2, mas hoje apresenta queda. Dos Estados Unidos chegam também vários dados que serão levados em consideração na próxima reunião do Federal Reserve, o Banco Central americano, na semana que vem.
Os pedidos de bens duráveis subiram 2,6% em fevereiro, para US$ 215,8 bilhões, segundo o Departamento de Comércio. Já a venda de casas novas tiveram queda de 10,5% em fevereiro (houve também redução nos preços dos imóveis residenciais). O recuou foi bem maior do que o previsto.
Entre os destaques no Brasil estão os dados de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou de 0,52% em fevereiro para 0,37% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-SP) caiu em quatro de sete capitais pesquisadas, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
O mercado também monitora a crise política. Segundo analistas, uma troca no comando do Ministério da Fazenda traria apenas um estresse passageiro. Mas seria preciso definir rapidamente o nome do substituto.
Hoje, o ministro Antônio Palocci, que tem evitado falar com a imprensa, está em São Paulo para participar da posse do Conselho de Administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham). O evento reúne mais de 700 pessoas entre empresários e autoridades.
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