Depois de uma semana de intensas negociações e nenhum entendimento entre a prefeitura de Viamão e a empresa concessionária do pedágio da RS-040, manifestantes prometem mais uma mobilização para a tarde deste domingo. O fluxo de veículos que retornam do Litoral pode ser prejudicado.

Na tarde de ontem, a Brigada Militar mobilizou o mesmo contingente das outras sextas-feiras em que ocorreram manifestações, com cerca de 300 integrantes e reforço de helicóptero. Os manifestantes não apareceram, mas as promessas de bloqueio feitas durante a semana fizeram parte da população evitar a rodovia. O fluxo, que costuma ser de 18 veículos por minuto nos finais de tarde de sexta-feira, caiu ontem para 10 por minuto.

Se ocorrer, a manifestação deste domingo deve ser às 16h, na altura do km 26, próximo à Associação dos Moradores de Águas Claras. A polícia considera a possibilidade de fechar a rodovia, como fez no último dia 10, caso a manifestação ofereça risco para os veículos.

A decisão de voltar à praça surgiu depois que as duas reuniões entre a prefeitura de Viamão, a concessionária Univias e a Secretaria Estadual dos Transportes, ocorridas ao longo da semana, não chegaram a um acordo.

O secretário Alexandre Postal pediu aos manifestantes uma trégua de dois meses nas mobilizações, para que o Estado analise a proposta de transferir a praça para a divisa de Viamão com Capivari do Sul. Para suspender os bloqueios, os manifestantes exigiram da Univias a isenção do pagamento de pedágio para os moradores de Viamão durante os dois meses de estudo, mas a concessionária não concordou com as condições.

A Univias afirma que, se o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem determinar a transferência do pedágio, o custo será repassado aos usuários. A partir de segunda, a concessionária começa a oferecer o cartão que oferecerá bonificação aos usuários que usam a RS-040 com freqüência. A partir de 1º de março, quem passa pela rodovia todos os dias pagará até o 12º - cerca de R$ 125 - ficando isento de pagamento no restante do mês.

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