| 12/02/2006 17h57min
A Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) trabalha sobre a hipótese de que o caso de gripe aviária detectado em um cisne na Eslovênia, perto da fronteira com a Áustria, envolva o perigoso vírus H5N1, mas ainda não confirma oficialmente a informação.
O porta-voz da CE Ferrán Tarradellas declarou hoje que os exames realizados na Eslovênia demonstram que se trata de um vírus "altamente patogênico" e que é "muito provável" que seja o H5N1, o mais perigoso e responsável pela morte de 90 pessoas no leste da Ásia e na Turquia.
No entanto, os laboratórios eslovenos não têm capacidade para determinar se se trata desta variante do vírus, afirmou o porta-voz, que negou assim as informações do Ministério da Saúde austríaco de que na primeira prova realizada na Eslovênia a presença do H5N1 tinha sido confirmada.
Amostras foram enviadas ao laboratório de referência da União Européia em Weybridge (Reino Unido), que determinará se o caso corresponde a uma ocorrência envolvendo o H5N1, acrescentou Tarradellas.
Embora não haja confirmação da variante do vírus, as autoridades da Eslovênia já impuseram as mesmas medidas de prevenção que a CE decidiu adotar na última sexta-feira para a Grécia, onde foram confirmados casos do H5N1, igualmente detectados na Itália.
As medidas são a proibição da circulação de aves entre granjas diferentes e a restrição da venda de carne e ovos nas zonas onde foram detectados os focos de gripe aviária. Foi estabelecida uma zona de proteção em um raio de pelo menos três quilômetros tendo como referência os locais atingidos e outra área de vigilância dez quilômetros ao redor.
Após os casos confirmados neste final de semana, a Comissão Européia decidiu também mudar seu sistema de combate à doença. O Executivo comunitário prevê estabelecer amanhã que as medidas de prevenção e restrição aprovadas para cada país sejam de aplicação automática para qualquer outro Estado da UE que acusar a presença de novos casos, a partir do momento em que forem detectados.
Desta forma, os países-membros não deverão esperar autorização do órgão comunitário para aplicar medidas contra a gripe aviária.
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