Pelo menos 30 dos 2.528 passageiros que estão a bordo do navio Queen Mary 2, o maior cruzeiro do mundo, ameaçam não desembarcar no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, em protesto contra as mudanças no itinerário programado pela Cunard, operadora mundial do navio.

A embarcação, prevista para aportar no Rio na próxima quinta-feira, chegará ao cais do porto com um dia de atraso depois que um problema em um dos quatro motores de propulsão reduziu a velocidade da embarcação, levando a empresa a suspender as escalas na ilha caribenha de San Kitts, em Barbados, e em Salvador, na Bahia.

O problema no navio, que partiu de Nova York, fez com que os passageiros ficassem seis dias consecutivos a bordo do navio até realizar uma escala fora de agenda em Fort Lauderdale, na Flórida, antes de seguir para o Brasil.

A operadora Cunard ofereceu a devolução de 50% do custo da viagem, valor que pode chegar aos US$ 17 mil, como compensação pelos inconvenientes, mas os turistas embarcados alegam que as compensações "são inadequadas". Um porta-voz da companhia confirmou que "apenas um pequeno grupo não está satisfeito" com a proposta, mas não esclareceu se estão previstas manutenções na embarcação.

De acordo com a assessoria de imprensa da operadora Discover The World, representante da Cunard no Brasil, apesar do atraso os demais roteiros previstos na viagem estão mantidos. Do porto do Rio o Queen Mary 2 parte para Valparaiso, no Chile, e retorna ao Rio no dia 3 de abril, de onde segue para Salvador, último porto brasileiro antes do retorno a Nova York.

AGÊNCIA EFE