| 19/11/2005 16h52min
O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), disse que "quem entrou no depoimento com dúvidas sobre a motivação do assassinato (do prefeito de Santo André, Celso Daniel) saiu praticamente convencido de que foi um crime encomendado".
O senador afirmou que foi essa a impressão colhida na conversa com os colegas da comissão, depois dos depoimentos de três acusados de envolvimento em suposto esquema de corrupção na gestão Daniel.
– A maioria absoluta pensa dessa forma – destacou Efraim.
O Ministério Público avaliou como "show de contradições e inverdades" os depoimentos dos empresários Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, e Ronan Maria Pinto, além do prestado pelo ex-secretário de Serviços Municipais Klinger Luiz de Souza. Sérgio Sombra é acusado pelo MP como mandante do crime.
Para o promotor Roberto Wider Filho, Sombra se complicou ainda mais, já que apresentou à CPI nova versão sobre o seqüestro. Ele acompanhava o prefeito na noite de 18 de janeiro de 2002.
– O Sérgio chegou a dizer que o prefeito abriu a porta para os seqüestradores. Depois, que os homens abriram a porta dele. Mas a porta estava travada – anotou Wider.
Pressionado pelos senadores que integram a CPI, o empresário acabou admitindo que ele abrira a porta. O presidente da CPI considera que a comissão "avançou substancialmente" nas investigações. Segundo Efraim, apesar do "esforço" dos convocados, ficou evidenciada a existência de operações de achaques a empresas de ônibus.
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