| 16/11/2005 17h27min
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, rechaçou nesta tarde, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que tenha havido doações de dinheiro de Cuba e de Angola à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, em 2002. Palocci diz ter certeza de que nada será provado, pois participou da campanha de Lula e sabe o que fez. Ele também afirmou estar "forte, firme e presente" para conduzir o projeto econômico e acrescentou que tem o apoio de Lula para continuar no governo.
Palocci reafirmou que não foi tesoureiro da campanha e sim coordenador do programa de governo no lugar do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, que foi assassinado. Ele negou ainda qualquer ajuda financeira das Farc (milícia armada da Colômbia) à campanha presidencial.
Palocci negou também a arrecadação de recursos ilegais em sua gestão à frente da prefeitura de Ribeirão Preto (SP), entre 1993 e 1996 e de 2002 a 2002. Denúncias publicadas na imprensa indicam a existência de um esquema de pagamento de propina da empresa Leão e Leão, supostamente destinado ao PT.
– A acusação é falsa. Não será comprovada porque é falsa, não existe –afirmou.
O ministro garantiu que toda a vez que for convocado, seja por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou pelo Senado, irá comparecer. Ele reclamou que autoridades se contradizem na mídia, divulgando em um dia que há provas concretas, sigilosas e secretas contra ele, mas que, no dia seguinte, afirmam que essas provas não existem.
Palocci diz não se considerar uma pessoa acima de qualquer suspeita e que está disposto a prestar todos os esclarecimentos necessários.
– Amo a democracia e jamais vou questionar o direito de um jornal, revista ou televisão de divulgar informações. Mas peço a todos que tudo seja feito nos critérios da lei que nós aprovamos nesta Casa – afirmou.
Ele defendeu a atual política econômica do governo Lula, garantindo que o emprego já atingiu um patamar bastante superior ao da década passada. Segundo o ministro, o emprego formal vem, há mais de um ano, sendo gerado em quantidade maior que o informal, revertendo a tendência de muitos anos da economia brasileira.
Palocci ressaltou que, associado a esses ganhos, está o avanço na renda do trabalhador. Para ele, o fenômeno mais importante da economia "não é outro senão a massa salarial e o aumento na renda real dos trabalhadores", impulsionados pelo sucesso da política de combate à inflação, que "levou esses ganhos para o bolso do trabalhador".
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