Oktoberfest 2008 | 17/10/2008 09h25min
Eu disse sim! A idéia inicial era cantar e dançar em uma banda que toca na Oktoberfest. Mas como cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, logo, em sã consciência, optei apenas pela dança. Não tenho gogó nem para arriscar vocal nessas bandas adolescentes de garagem. Muito menos com uma Vila Germânica explodindo. Escolhemos a LinOrquestra, afinal, o próprio Lino me confidenciaria mais tarde que só não participou da primeira edição da festa. Ou seja, já viu de tudo.
Como conselho: divirta-se! Artistas em geral sabem que só a repetição leva ao bom resultado. Não tive tempo para tal luxo. Após um breve ensaio e prova de roupa, marcamos a data: sábado à noite, em pleno Setor 1. Quase sem ar de tanto rir dos meus primeiros passos, uma amiga que acompanhava tudo de perto disparou: "que bom, é o setor dos conhecidos! Divirta-se!"
Cheguei na festa com umas três horas de antecedência. No rosto, um misto de medo, alegria, sei lá. Vamos comprar um chope? Só um. Mais do que isso e a apresentação estaria correndo risco. Quem trabalha com o público sabe que a linha entre o fracasso e o sucesso é tênue. Quase invisível. E eu não queria estrear no palco da maior festa do chope do país com um tombo, por exemplo. Os conhecidos (aqueles do Setor 1, sabe?), ao me encontrar, chegavam gritando, ansiosos. Divertindo-se!
Poucos minutos antes de Lino e cia tomarem o palco para eles, deparei com um pequeno problema. As bandas nacionais não têm direito de usar o camarim. Só as alemãs. Troquei de roupa (estreei também o visual de Fritz) num cantinho, vendo dali as centenas de pessoas que eu encararia meia hora depois. Agora. Chamado pelos integrantes, anunciado no microfone (medo!), chegou o momento. Vamos dançar.
Acompanhado dos músicos pulei, ergui os braços, fiz chão, chão, chão, brinquei com o público (não tem como esquecer um pavilhão lotado dançando no mesmo ritmo que você) e ainda tive tempo de avistar meus colegas de Redação pulando como se estivessem atrás de um trio elétrico. Acabou. Foi tão rápido que poderia ter ficado ali em cima mais umas duas horas. Poderia definir como um momento extremo de êxtase, mas a palavra da noite já estava decidida desde o primeiro dia. Diversão!
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