Oktoberfest 2008 | 10/10/2008 20h10min
Quando alguém pergunta qual a nacionalidade de Arthur Schmitt, ele responde “sou um brasileiro legitimo alemão”. Com sotaque carregado, o neto de alemães vindo de Berlin explica que, em casa, só fala com a família no idioma de seus avós. Os traços físicos germânicos e a roupa típica usada em tempos de Oktoberfest também revelam a cultura comum a tantos moradores de Blumenau e da região.
Seu Schmitt já trabalhou como marceneiro, pintor e carpinteiro, mas foi como músico que se tornou um dos mais conhecidos personagens da Oktoberfest: o Opa, que toca bandonion no Bierwagen, o carro que distribui chope pela cidade durante todos os dias da festa. Há 25 anos, desde a primeira edição da festa, é de Seu Schmitt o posto.
A primeira vez que pegou em um instrumento, aos 9 anos, foi escondido. Queria tocar na festa de um vizinho e pegou a gaita do pai no armário, sem que ele soubesse. A molecagem deu certo e revelou um dom. Aprendeu sozinho e, anos mais tarde veio também o violão,
o violino, o teclado e
o bandonion – instrumento germânico.
Aos 86 anos, com um bandonion feito em 1965, Arthur Schmitt comemora o fato de ter participado de todas as Oktoberfests de Blumenau. Até o último dia da festa, quem passar pela rua XV de Novembro por volta das 16h vai encontrar o músico sentado no Bierwagen, enchendo de música as ruas da cidade enquanto são distribuídos 50 litros de chope gratuito para o público.
Acompanhado do bandonion, Arthur Schmitt anima o público na rua XV de Novembro a bordo do Bierwagen
Foto:
Franco Rodrigues/Especial
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